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24 de out. de 2012

Super Zoom - Planária





Legendas:

Ca = Cabeça
Oc = Ocelos
Au = Aurícula
Bo = Boca ventral
Fa = Faringe protrátil
In = Intestino

A planária é um verme platelminto da classe Tuberbellaria que vive em ambientes aquáticos ou terrestres. Como todos os platelmintos possuem o corpo achatado no eixo dorsoventral. Possui uma cabeça na região anterior do corpo (cefalização). Na cabeça é encontrada duas manchas ocelares (ocelos) que são órgãos fotossensíveis. Os ocelos não podem ser confundidos com olhos, pois não formam imagens, só captam luminosidade.  Lateralmente, de cada lado da cabeça, há expansões laterais, as aurículas que são estruturas quimiorreceptoras, responsáveis pelo olfato e gustação. Na face ventral do corpo, voltada para o substrato há a abertura bucal (boca ventral), por onde pode ser projetada a faringe tubular protrátil que aspira alimento, detritos animais e vegetais presentes no substrato. A faringe conecta-se ao intestino ramificado que digere o alimento e absorve os nutrientes. Os restos alimentares são eliminados pela própria boca (sistema digestório incompleto).

15 de out. de 2012

SUPER ZOOM - HIDRA (Hydra)


Legenda:

Te = Tentáculos
Bo = Boca (hipóstoma)
Co = Coluna
Go = Gônada
DB = Disco Basal

As hidras são cnidários da classe Hidrozoa. Habitam ambientes de água doce, vivendo aderidas a vegetação e ou fundo lodoso dos corpos de água. São organismo de reduzido tamanho, sendo visíveis com uso de lipas e microscópios. As hidras, ao contrário da maioria dos cnidários, não apresentam polimorfismo (ausência de metagênese) durante o seu ciclo de vida. A forma de medusa é ausente, ocorrendo somente na forma de pólipo. Outra característica peculiar dentro do filo e a ausência de um estágio larval de plânula (desenvolvimento direto).

Hidra (pólipo)

O pólipo de umas hidra é comprido, cilíndrico e oco. Em uma das extremidades, a extremidade oral,  há um orifício para ingestão de alimentos, a boca (hipóstoma) , margeada por tentáculos móveis. Os tentáculos possuem numerosos cnidócitos (células urticantes) utilizados para imobilizar a presa, facilitando sua captura. Na extremidade aboral, oposta a boca, existe o disco basal que adere o corpo da hidra a substratos. Entre a extremidade oral e aboral, há um uma coluna cilíndrica e em parte oca. O corpo é formado por uma parede delgada,  revestida  por uma epiderme simples (com uma camada de células) uma camada intermediária gelatinosa que dá sustentação, a mesogléia e,  uma camada interna que reveste a cavidade gastrovascular (cavidade digestiva) responsável pela secreção de enzimas digestivas (digestão extracelular) e absorção dos nutrientes. Na parede da coluna, em determinados períodos, na epiderme aparecem órgãos reprodutores (gônadas temporárias). Entre as hidras há espécies monóicas e dióicas. A fecundação é interna e o desenvolvimento direto. Além da reprodução sexuada, as hidras podem formar outros indivíduos assexuadamente, pelo surgimento de um broto lateral (brotamento) na coluna que se separa da hidra-mãe quando completar o desenvolvimento em uma nova hidra.




14 de out. de 2012

SUPER ZOOM - CARAVELA (Physalia)

Legenda:

Pn = Pneumatóforo
Ga = Gastrozóide (zoóide)
Bo = Boca
Da = Dactilozóide (zoóide)
Te = Tentáculos
Go = Gonóforos (zoóide)

A caravela é um cnidário da da classe Hidrozoa, da ordem Siphonophora. A caravela não é um único organismo, mas sim uma colônia, visto que é constituída por vários organismo unidos anatomicamente. Cada organismo (zooóide) possui morfologia e funções diferentes na colônia, por isto a caravela é considerada uma colônia heteromórfica.

A caravela é constituída por uma estrutura flutuadora cheia de gás, o pneumatóforo (Pn),  onde estão ligados diferentes tipos de organismos da colônia heteromorfa chamados de zoóides. Há 3 tipos de zooóides na caravela: os gastrozóides (Ga), os dactilozóides (Da) e os gonozóides (Go). 


Os gastrozóides (Ga) são pólipos da colônia com tentáculos (Te) que capturam o alimento e o conduzem para a boca (Bo) para serem digeridos.

Os dactilozóides (Da) são pólipos da colônia na forma de grandes tentáculos (Te) que são especializados em envenenar as presas capturadas e conduzi-las até os gastrozóides (Ga).

Os gonozóides (Go) são medusas modificadas da colônia que possuem gonóforos, sacos contendo ovários ou testículos, portanto possuem função reprodutora na colônia.       

Vídeo mostrando uma caravela



Observações:
  • Colônia heteromórfica: colônia formada por indivíduos com diferenças morfológicas (forma) e funcionais.  
  • Colônia homórfíca: colônia formada por indivíduos iguais em forma e função. 
  • Zoóide: membro individual de uma colônia.

Outros super zoom


10 de jul. de 2012

Como uma cobra consegue engolir um ovo?


É comum a maioria das cobras a capacidade de engolir alimentos inteiros e maiores que o diâmetro do seu corpo, como foi mostrado acima. Isto é possível graças a presença de adaptações que permitem este tipo de alimentação, entre elas:

1- Grande amplitude de abertura bucal no eixo vertical, graças a presença de um longo osso quadrado móvel que permite aberturas de até 180 graus. Em humanos o osso quadrado é curto e imóvel.


2 - Grande amplitude de abertura bucal no eixo horizontal, graças a hemimandíbulas e hemimaxilas não fusionadas, unidas por ligamentos e músculos. Em humanos as duas metades das mandíbulas e maxilas são unidas.

3 - Crânio deformável, graças a mobilidade das numerosas peças ósseas que formam o crânio das cobras. Os ossos que formam o crânio humano são fortemente unidos.

4 - Capacidade de se manter respirando durante o processo de alimentação, graças ao posicionamento anterior da início do tubo respiratório (porção exclusivamente respiratória) na cavidade bucal. Em humanos o inicio da porção exclusivamente respiratória do tubo respiratório e posterior a cavidade bucal, depois da faringe.



5 - Elasticidade da pele permite grande deformação do corpo para acomodar a passagem do alimento pelo tubo digestório. 


6- Outro fator que contribui para a capacidade de deformar o corpo é a presença de costelas livres, que se abrem facilitando a condução do ovo pelo tubo digestório. Em humanos a  maioria das contelas são unidas anteriormente ao osso esterno que protege o coração, imobilizando as costelas.


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Destaque em Blog de Educação


           

20 de jun. de 2012

FICHA RESUMO - ZOOLOGIA - FILO PORÍFERA
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11 de abr. de 2012

Planadores da natureza



A capacidade de voo controlado é própria da maioria dos insetos, das aves e alguns mamíferos quirópteros, os morcegos. Mas há outros animais que se aventuram no ar, como poucos anfíbios, répteis e mamíferos que desenvolveram a capacidade de planar.

Esses animais evoluíram em um ambiente florestal, selecionados, entre outras característcas, pela habilidade de se mover rapidamente de uma árvore para outra para fugir de predadores e surpreender presas.  Como “asas” para planar são utilizadas projeções da pele entre os dedos ou projeções de pele entre as patas anteriores, posteriores e às vezes a cauda.

Alguns exemplos de animais planadores


O dragão voador que vive em florestas asiáticas plana com projeções laterais sustentadas por suas costelas.


 
O lêmure voador possui uma aba planadora entre as quatro patas e a cauda.



A lagartixa voadora possui um kit completo adaptado a planar: membranas laterais no tronco, cauda achatada e uma pele entre os dedos, a membrana interdigital.




A rã voadora possuem entre os dedos um fina pele (membrana interdigital) que funciona com  uma espécie de paraquedas suavizando a velocidade em uma queda livre de uma árvore para outra.  
 

6 de abr. de 2012

PARA QUE SERVE OS OCELOS?




Muitas espécies de animais possuem manchas pigmentadas arredondadas que se assemelham a olhos em partes do seu corpo. Estas manchas circulares são chamadas ocelos.

Qual a função dos ocelos?

Quando ameaçado por predadores os animais expõe seus grandes ocelos. A visão surpresa dos falsos olhos assusta o predador, que talvez, interprete a situação como um encontro perigoso com outro animal. A exposição dos ocelos pode desencorajar o ataque ou causar um momento de indecisão que permite a fuga da presa. Muitos animais possuem a localização dos ocelos na parte de trás do corpo, fazendo a parte de traz de o corpo parecer à cabeça. Isto traz uma vantagem na fuga de predadores, pois geralmente o predador espera que a presa escape em uma determinada direção e ela foge na oposta. Veja o exemplo exposto na figura abaixo (foto b), uma lagarta com ocelos no final do corpo.


4 de abr. de 2012

COMO UMA COBRA CASCAVEL ENCONTRA SUA PRESA?



Para localizar suas presas a cobra cascavel e outras víboras, cobras da família Viperidae, fazem uso de vário sentidos.

1. Primeiramente usam o olfato.  Com a língua bífida (bipartida) capturam no ar e no solo substâncias que indicam a presença da presa, um rato, por exemplo. A língua conduz as evidências da presa até um par de órgãos localizados no céu da boca (palato), os órgãos de Jacobson. O olfato começa a localizar a presa a longa distância. Após localizar o caminho que o rato faz com frequência,  a cascavel posiciona-se escondida e a espera a passagem da presa.
 


2. Os ossos do crânio em contato com o solo captam vibrações geradas pela locomoção do rato.


3. Conforme o rato aproxima o a cobra focaliza a sua atenção utilizando a visão. Mas a cobra cascavel possui hábitos noturnos, o que dificulta a visualização da presa no escuro pelos olhos. Então a cobra faz uso de um sentido inusitado, a detecção de calor por órgãos sensoriais termossensíveis, localizados em cavidades entre os olhos e as narinas, as fossetas lacrimais (fossetas loreais).
Figura: Órgãos do sentido de uma cascavel.

Figura: Visão térmica captada por células termorreceptoras da fosseta lacrimal (fosseta loreal). As zonas vermelhas são as mais quentes.

4. Quando o rato se aproxima a cobra se projeta sobre ele, faz com seus dentes inoculadores de veneno uma rápida injeção de neurotoxina o que imobiliza a presa permitindo uma fácil captura do rato.

Figura: A cobra finaliza a captura da presa com uma injeção de veneno neurotóxico durante o ataque ao rato (bote).

25 de mar. de 2012

Resumo de aula: filo protozoa



Resumo de aula sobre reprodução animal apresentada aos alunos do curso pré-vestibular Posivista de Vitória da Conquista, Bahia. 

20 de mar. de 2012

Resumo de aula sobre o filo protozoa


RESUMO DE AULA: SISTEMÁTICA E CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS
FAQBIO - ZOOLOGIA - FILO PROTOZOA PROFESSOR MARCO NUNES

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Estou postando uma resumo da aula ministrada para meus alunos do pré-vestibular do curso Posivista de Vitória da Conquista.

23 de fev. de 2012

Conheça a Wikiaves: Aves do Brasil



Se você é biólogo ou gosta de fotografar e observar aves um site imperdível é a Wikiaves. É dedicado as aves do Brasil. Conta com um grande acervo de fotos, cantos, informações, classificação de aves, distribuição de espécies por estado e mesmo por municípios do Brasil. Além de poder acessar gratuitamente as informações, pessoas que contribuam com doações para o site podem interagir mandando fotos e tendo uma série de facilidades.


Estatísticas WikiAves (em 23/02/2012)

  • Total de fotos: 439023
  • Total de sons: 26967
  • Espécies registradas: 1737
  • Espécies com foto: 1717
  • Espécies com som: 1426
  • Total de usuários: 9476


Indique este postagem para  professores de biologia com certeza eles vão agradecer.

Acesse a Wikiaves 

18 de fev. de 2012

Os elefantes

Os elefantes


Os elefantes são mamíferos que pertencem à ordem Proboscidea. Os integrantes desta ordem são caracterizados por possuir grande tamanho e uma tromba desenvolvida. Atualmente há dois gêneros de proboscídeos: o elefante africano (A) e o elefante asiático (B), com poucas espécies. 


Mas no passado a ordem foi muito mais diversa, há no registro fóssil o reconhecimento de mais de 170 espécies, entre eles o Deinotério (A), Mamute (B) e o Mastodonte (C).



A função da tromba

A tromba é uma das características marcantes dos elefantes. É um órgão musculoso formado pela fusão dos lábios superiores e o nariz. Sendo um nariz modificado possui certamente função olfatória. Mas seus fortes e precisos músculos transformam a tromba em uma espécie de “mão” com a qual os elefantes pegam alimento e levam a boca. A tromba também serve para aspirar água. A tromba é um órgão táctil e também serve as carícias aos filhotes e a golpes de defesa.


 A função das grandes orelhas

Os elefantes são animais de grande tamanho que possuem uma superfície muito grande exposta ao sol o que leva seu corpo a um grande aquecimento. As grandes e finas orelhas dos elefantes funcionam como um dispersor de calor, uma espécie de radiador. São intensamente vascularizadas perdendo calor da circulação para o ambiente. Os elefantes africanos que vivem na áfrica sob clima muito mais quente que o elefante asiático, possuem orelhas maiores.

Importância ecológica

Os elefantes são herbívoros que comem grandes quantidades de vegetais diariamente. Durante suas jornadas a procura de alimento produz trilhas no ambiente que facilitam a locomoção de outras espécies, abrem clareiras na vegetação, permitindo a renovação da vegetação e pelas suas fezes dispensam sementes dos vegetais que consomem.

17 de fev. de 2012

Por que as cobras projetam a língua para fora da boca?



Não é falta de educação! O hábito de projetar a língua constantemente para fora da boca faz parte de uma estratégia para localizar alimento. Conforme os animais trafegam pelo ambiente eles deixam uma série de vestígios: os gases que exalam, o suor, os pêlos, a urina e as fezes. As cobras podem detectar estes vestígios pelo olfato. Nas cobras o sentido do olfato ocorre a partir de dois locais: das narinas e dos órgãos de Jacobson localizados no céu da boca. Quando as cobras colocam a língua para fora, a língua recolhe os vestígios dos animais no ar ou no solo e os conduzem até os órgãos de Jacobson permitindo a cobra sondar o ambiente a procura de alimento.

Figura: Língua de uma cobra recolhendo vestígios de outros animais do ambiente e levando-os os órgãos de Jacobson (órgão olfatório) auxiliando na localização do alimento.

   

15 de fev. de 2012

Gaviões - Adaptações predatórias


Os gaviões são aves de rapina que apresentam em seus corpos uma série de características morfológicas e fisiológicas ao hábito predatório.


1.   Os Olhos: os olhos dos gaviões são relativamente grandes, fazendo da visão o seu sentido mais desenvolvido. Ambos os olhos são posicionados para frente permitindo uma visão bifocal que localiza com precisão as presas. Certamente pode-se dizer que possuem uma das melhores capacidades visuais do reino animal.

2.    Bico: O bico dos gaviões é claramente uma adaptação morfológica ao hábito predatório, são grandes, curvos adaptados a alimentação carnívora.
  
3.   Patas e garras: as patas das aves predatórias possuem dedos adaptados a predação, com garras espessas adaptadas a agarrar a presa e rasgá-la.

4.    Audição: a audição muito aguçada detectando ruídos tênues de suas presas, especialmente nas espécies semi-noturnas.

Sugestão de vídeo - Brasil é o Bicho: As aves de rapina

10 de fev. de 2012

Os Marsupiais

Os Marsupiais

Os mamíferos marsupiais envolvem cerca de 250 espécies distribuídas no continente Americano e principalmente na Austrália. São exemplos de marsupiais os gambás, diabos - da tasmânia, os cangurus, os coalas, entre outros.

Figura: Exemplos de marsupiais

Os marsupiais são mamíferos primitivos (Methateria) que não possuem uma placenta verdadeira, mas sim um rudimento chamado placenta vitelina que apesar de sustentar o embrião no inicio do desenvolvimento não consegue fazê-lo até o final da gestação. Ao nascer o filhote prematuro é abrigado em uma bolsa cutânea ventral, o marsúpio, para ser protegido e alimentado pelos mamilos que secretam leite.  
Figura: No esquema é mostrado a localização do marsúpio em um canguru. Foto de um canguru recem nascido (prematuro).

Na América os marsupiais predominantes são os gambás e cuícas, mamíferos primitivos de pequeno tamanho típicos de regiões tropicais florestais. São animais noturnos, predominantemente insetívoros. São evitados por seus predadores devido ao desagradável odor que exalam, especialmente em momentos de estresse por glândulas anais. Para se proteger dos predadores muitos gambás simulam a morte. São muito férteis, a gestação é curta para os padrões de mamíferos (três semanas), geram muitos filhotes, até 18 em alguns casos. Ao nascerem os filhotes prematuros são carregados do marsúpio. Quando crescem são carregados em suas costas.

Figura: Gambá simulando a morte.

Sugestão de vídeo: O nascimento de um canguru.


7 de fev. de 2012

Os Morcegos



Os morcegos são mamíferos da ordem dos quirópteros (Chiroptera, do termo grego cujo significado significa “mãos aladas”). Compreendem uma ordem bastante diversa, que agrupa mais de 400 espécies.

Figura: Exemplos da diversidade de morcegos
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São os únicos mamíferos verdadeiramente voadores. Os morcegos e as aves são os únicos vertebrados que conseguem voar graças a uma adaptação em comum, os membros anteriores transformados em asas. Este aspecto corresponde a um caso de convergência adaptativa, um processo que seres de classes taxonômicas distintas possui característcas semelhantes.

Outra característcas típica dos morcegos é a ecolocalização, a capacidade de orientar-se e reconhecer os objetos mediante um mecanismo acústico, uma espécie de sonar.

Como os morcegos evoluíram?

Os aspectos evolutivos dos morcegos são imprecisos no registro fóssil. Mas provavelmente, entre os mamíferos atuais os mais semelhantes aos ancestrais dos morcegos são os mamíferos insetívoros.
Como os morcegos, alguns mamíferos da ordem insetívora são pequenos, arborícolas, noturnos, com capacidade visual reduzida compensada pela ecolocalização. Talvez estes insetívoros possuíssem patas palmadas, o que permitiam que eles realizassem curtos saltos com queda controlada.
Figura: Representação de uma mamífero da ordem dos insetívoros com características dos ancestrais dos morcegos: hábitos noturnos, pequenos, olhos reduzidos, atividade ecolocalizadora capaz de localizar insetos em uma noite escura  

A força evolutiva que pode ter selecionado a capacidade de vôo dos morcegos ancestrais pode ter sido uma adaptação dos insetos a predação das aves. A principio os insetos tinham hábitos diurnos, mas com o surgimento das aves, predadores visuais por excelência, os insetos capazes de realizar suas atividades no período noturno passaram a ter uma vantagem adaptativa. Os mamíferos insetívoros com capacidade de ecolocalização ocuparam este nicho ecológico vago, a capacidade de capturar insetos noturnos, reduzindo a competição com as aves diurnas.
Figura: Estágios da evolução das asas dos morcegos a partir de um mamífero da ordem dos insetívoros.

As adaptações aerodinâmicas ao vôo parecem ter sido a seleção de corpos leves, redução de tamanho das patas posteriores e patas anteriores amplas com uma membrana entre os dedos para providenciar uma grande superfície de contato com o ar.

As asas dos morcegos são semelhante a das aves?

Aves e morcegos são vertebrados que possuem asas capazes de sustentar vôo coordenado. Mas as asas dos morcegos são muito distintas das aves. As asas do morcego são patas anteriores grandes em relação ao tamanho do corpo, especialmente pelo grande tamanho de algumas falanges (ossos dos dedos). Entre o pescoço e a cauda, sustentada pelas grandes falanges, há uma membrana fina que oferece ampla superfície de contato com o ar, chamada petágio. A membrana das asas é muito sensível a informações de pressão do ar, pois possuem muitas terminações nervosas e órgãos de irradiação de calor pela intensa vascularização que possuem.

Figura: Morcego exibindo suas asas. Note que as asas são formadas por uma fina membrana que se estende da região do pescoço até a cauda, sustentada principalmente por dois longos dedos das patas anteriores. 

Todos os morcegos são sugadores de sangue?

Muitas pessoas relacionam morcegos com vampiros, animais que se alimentam de sangue. Embora realmente algumas espécies sejam hematófagas (consumidoras de sangue), a grande maioria das espécies apresenta outros hábitos alimentares: insetívoros, frugívoros, polinívoros e carnívoros.

Figura: Morcego hematófago sugando o mamilo de uma porca.

Figura: Morcego insetívoro capturando inseto.

Figura: Morcego frugívoro se alimentando de uma banana.

Figura - Morcego polinívoro com língua extensível, uma adaptação ao hábito alimentar. 

Figura: Morcego carnívoro alimentando-se de uma pequena rã.


Como os morcegos se orientam na escuridão?

Os morcegos emitem durante o vôo, pela boca e pelo nariz, sons ultra-sônicos inaudíveis aos humanos. Estes sons ao baterem sobre superfícies imóveis e móveis retornam a ampla orelha dos morcegos. A detecção deste eco permite aos morcegos o vôo coordenado de uma reunião de morcegos, detectarem movimento de objetos, sua forma e dimensão.

Figura: Esquema da ecolocalização dos morcegos.

Figura: As grandes orelhas dos morcegos são uma adaptação a captação de ecos de sons por eles emitidos.

Por que morcegos vivem em cavernas?

Muitos morcegos vivem em cavernas, especialmente durante o dia para se refugiarem da predação de aves de rapina, como falcões e gaviões. Alguns vivem em penhascos, em espaços entre rochas e em galhos de florestas densas. Os morcegos podem se adaptar a presença humana, se refugiando durante o dia em telhados, celeiros, túneis, debaixo de pontes e pontos protegidos de muros.

Por que os morcegos dormem pendurados e enrolados nas asas?


Dormir pendurado é importante para os morcegos pois eles se colocam em uma posição elevada o que permite o voo, visto que eles não possuem asas potentes que permite faze-lo diretamente a partir do solo. Quando um morcego está no solo, ele tem que escalar as pedras ou o tronco de árvores para se posicionarem em um altitude favorável ao início do voo. O solo de uma caverna pode abrigar muitos predadores, se posicionar no teto é uma maneira de evitá-los. O solo de uma caverna é uma região muito fria e úmida, pela ausência de incidência dos raios solares e enxurrada da chuva, o que dificulta a manutenção do calor corporal dos morcegos. Se pendurar no teto da caverna e em suas paredes afasta os morcegos do solo frio diminuindo a perda de calor para o meio. A fim de auxiliar na manutenção do calor, os morcegos exibem outro comportamento curioso, se enrolam completamente com suas asas durante o repouso. 

Figura: Morcego fixado no teto de uma caverna durante o dia enrolado em suas asas para manter o corpo aquecido. 

Sugestão de vídeo: 

Como funcionam os morcegos (parte 1 de 2)

Como funcionam os morcegos (parte 2 de 2)


Para citar esta postagem:

Faqbio: Apoio ao estudo de biologia - "Os morcegos " - http://faqbio.blogspot.com/2012/02/os-morcegos-os-morcegos-sao-mamiferos.html