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16 de ago. de 2013

Vídeo aula de citologia - o Retículo endoplasmático


Olá! Eu sou o professor Marco Nunes e está é mais uma vídeo aula de citologia do FAQBIO, um blog dedicado a dar apoio ao estudo de biologia. Nesta aula vou discutir mais um componente citoplasmático, uma organela chamada retículo endoplasmático.

O retículo endoplasmático

O retículo endoplasmático é uma organela membranosa presente em todas as células eucarióticas. Apresenta-se ligada à membrana que envolve o núcleo e tem a forma de uma extensa rede de canais membranosos interconectados que ocupa grande parte do citoplasma.  No seu interior existe uma série de enzimas que facilitam muitas reações químicas. Há dois tipos de retículo endoplasmático: o retículo endoplasmático rugoso e o retículo endoplasmático liso.

O retículo endoplasmático rugoso

O retículo endoplasmático rugoso recebe este nome por possuir ribossomos aderidos em sua superfície. Lembra-se dos ribossomos? Pequenos grânulos não membranosos de constituição riboproteica responsáveis pela síntese de proteínas. Em fotos de microscopia eletrônica os ribossomos dão um aspecto granuloso ao retículo, por isto, ele pode ser chamado de retículo endoplasmático granular. Os ribossomos aderidos a sua superfície produzem proteínas que são armazenadas no interior do retículo endoplasmático. No interior dos canais do retículo ocorre a síntese de lipídios e armazenamento de carboidratos. As proteínas no retículo podem se associar aos carboidratos formando glicoproteínas e aos lipídios formando trechos de membranas lipoproteicas. No interido retículo endoplasmático rugoso há enzimas capazes de converter o glicogênio em moléculas de glicose

Muitas moléculas formadas no interior do retículo endoplasmático rugoso podem ser encaminhadas para o complexo de Golgi para serem modificadas e posteriormente secretadas e intergradas a membrana celular. Em todas as células secretoras de produtos de natureza proteica o retículo endoplasmático rugoso e o complexo de Golgi são bastante desenvolvidos.

O retículo endoplasmático liso

O retículo endoplasmático liso recebe este nome por não possuir ribossomos em sua superfície, tendo um aspecto liso na microscopia eletrônica. Como este tipo de retículo não possui grânulos ribossômicos aderidos a sua superfície ele pode ser chamado de retículo endoplasmático agranular.

No interior dos canais membranosos do retículo endoplasmático liso há vários tipos de enzimas que intermediam muitas reações químicas, como a síntese de vários lipídios, como os fosfolipídios e o colesterol e seus derivados. São exemplos de derivados do colesterol os hormônios esteroides como o estrogênio, a progesterona e a testosterona. Nas células do fígado o retículo endoplasmático liso possuem enzimas capazes que quebrar o glicogênio em glicose e outras que inativam substâncias tóxicas, como o álcool e drogas, este processo é chamado detoxificação. Nas células musculares, o retículo endoplasmático liso é modificado e armazena grandes quantidades de cálcio, que saem do retículo para desencadear o processo de contração muscular e depois retornam ao retículo para desencadear o relaxamento muscular.

Muitas substâncias que são produzidas no retículo endoplasmático são também enviadas ao complexo de Golgi para depois serem secretadas e integradas a membrana celular. Em todas as células secretoras de produtos de natureza lipídica o retículo endoplasmático liso e o complexo de Golgi são bastante desenvolvidos.

Vou apresentar uma animação para deixar bem clara a relação entre o retículo endoplasmático e o complexo de Golgi. No retículo endoplasmático rugoso, por exemplo, os ribossomos aderidos produzem proteínas que serão colocadas no interior do retículo. Após serem modificadas no retículo as proteínas serão empacotadas em vesículas membranosas e serão transportadas por proteínas motoras como a dineína que deslizam sobre o citoesqueleto transportando as vesículas até o complexo de Golgi. O complexo de Golgi modifica as substâncias recebidas e as enviam através de vesículas secretoras em direção à membrana celular, incorporando material a membrana e liberando material no meio extracelular, este processo é chamado secreção celular.

Resumindo:

O retículo endoplasmático é uma organela membranosa presente nas células eucarióticas. Tem a forma de uma rede de canais membranosos interligados, que ocupa a maior parte do citoplasma. O retículo endoplasmático produzem substâncias que poderão ser enviadas ao complexo de Golgi para serem geralmente secretadas. A parte do retículo endoplasmático que possui ribossomos aderidos é chamada retículo endoplasmático rugoso ou granular e é responsável pela síntese de proteínas, glicoproteínas, lipídios da membrana e pela quebra do glicogênio em glicose. A parte do retículo endoplasmático que não possui ribossomos aderidos é o retículo endoplasmático liso ou agranular, sintetiza lipídios, como os fosfolipídios, colesterol e derivados, inativam substâncias tóxicas, convertem glicogênio em glicose e nas células musculares armazenam cálcio. O retículo endoplasmático e o complexo de Golgi são muito desenvolvidos em células com função secretora.




9 de ago. de 2013

Vídeo aula - Citologia: os ribossomos



Olá eu sou o professor Marco Nunes e esta é mais uma aula de citologia do FAQBIO, apoio no estudo de Biologia. Esta aula é sobre os ribossomos

Os ribossomos

As células realizam a maior parte das reações químicas do seu metabolismo no citoplasma, muitas vezes através de estruturas citoplasmáticas chamadas organelas celulares. Neste sentido, destacam-se os ribossomos que são organelas não membranosas com o aspecto de pequenas granulações que estão presentes nas células de todos os seres vivos, ou seja, tanto em células procarióticas como em células eucarióticas. Os ribossomos são responsáveis pela síntese de proteínas, entre elas muitas enzimas que agem no metabolismo celular. 

Vamos deixar bem claro: os ribossomos são organelas não membranosas presentes em todos os tipos celulares responsáveis pela síntese proteica.

Constituição química e estrutura dos ribossomos

Do ponto de vista químico os ribossomos são constituídos por moléculas de RNA ribossômico associado a várias proteínas, portanto pode se dizer que possuem uma constituição riboprotéica.

Estruturalmente um ribossomo é formado por duas partes, chamadas subunidades, uma maior e outra menor, que se unem para formar um ribossomo funcional, capaz de sintetizar proteínas. Os ribossomos procariotos e eucariotos são muito semelhantes, porém os ribossomos dos eucariotos são maiores.

Origem dos ribossomos

Os ribossomos são formados a partir de trechos específicos do DNA que são responsáveis por coordenar a síntese de RNA ribossômico. Nas células eucarióticas, o RNA ribossômico irá formar a partir de regiões de alguns cromossomos chamadas regiões satélite (SAT) ou também chamados regiões organizadoras do nucléolo (NOR). Depois de produzidos a partir do DNA, as moléculas de RNA ribossômico se agruparam em estruturas nucleares chamadas nucléolo, onde as duas subunidades serão formadas separadamente e se associaram a proteínas e seguiram para o citosol para se unirem e formarem um ribossomo funcional capaz de produzir proteínas.

Distribuição dos ribossomos nas células
Os ribossomos nas células procarióticas ocorrem de forma livre mergulhados no citosol. Nas células eucarióticas ocorrem em três locais: mergulhados no citosol, estes ribossomos são chamados de ribossomos livres, aderidos à membrana do retículo endoplasmático rugoso e no interior de algumas organelas celulares como as mitocôndrias e os cloroplastos das células eucarióticas vegetais. Os ribossomos livres produzem proteínas utilizadas no interior da célula. Os ribossomos aderidos à membrana do retículo endoplasmático produzem proteínas que a princípio ficarão armazenadas no retículo endoplasmático para depois serem encaminhados ao complexo de Golgi para sofrerem modificações e posteriormente enviados para serem inseridos na membrana celular ou serem secretadas ou exportadas para fora da célula. Os ribossomos encontrados no interior das mitocôndrias e cloroplastos produzem as proteínas destas organelas.

A produção de proteínas pelos ribossomos

A produção de proteínas pelos ribossomos é coordenada a partir de informações armazenadas no DNA. Nas células eucarióticas a maior parte do DNA está presente no interior do núcleo celular e os ribossomos que são o local da síntese proteica estão no citoplasma. Para coordenar à síntese proteica a informação genética contida no DNA é expressa na forma de moléculas de RNA mensageiro, este processo é chamado transcrição. Após sua transcrição as moléculas de RNA mensageiro seguem do núcleo para o citoplasma atravessando os poros da carioteca. No citoplasma se associam aos ribossomos livres ou aos aderidos à membrana do retículo endoplasmático rugoso. Após a associação do RNA mensageiro com os ribossomos outro tipo de RNA, o RNA transportador, transportará até os ribossomos a matéria prima para a produção de proteínas, os aminoácidos. No interior dos ribossomos enzimas ribossômicas facilitam a ligação química entre os aminoácidos formando as proteínas. A síntese de proteínas a partir da informação contida no RNA mensageiro é chamada tradução.

Vamos reforçar: DNA formando RNA é transcrição. RNA mensageiro coordenando a síntese de proteínas nos ribossomos é a tradução.

Às vezes uma mesma molécula de RNA mensageiro se associa a vários ribossomos ao mesmo formando uma espécie de colar de ribossomos, chamado polirribossomos. A formação de polirribossomos acelera a produção de moléculas proteicas no citoplasma.

Resumindo:
Os ribossomos são organelas não membranosas na forma de pequenos grânulos de RNA ribossômico associados a proteínas, encontrados em todos os tipos celulares, responsáveis pela síntese de proteínas. Nas células procarióticas são encontrados livres no citosol, nas eucarióticas podem ser encontrados também associados ao retículo endoplasmático rugoso e no interior de mitocôndrias e cloroplastos.

Os processos de transcrição e tradução serão retomados e aprofundados em outras aulas aqui no FAQBIO.

4 de ago. de 2013

Vídeo aula de citologia: o citoesqueleto


Citoesqueleto

Todos os seres vivos, exceto os vírus, são constituídos por células. Alguns por uma única célula, outros por várias células. No corpo humano, por exemplo, há trilhões de células, de diferentes formas adaptadas a diferentes funções. Hemácias são bicôncavas, forma que aumenta a eficiência de captação de gás oxigênio. Fibras musculares estriadas esqueléticas são cilíndricas, fibras musculares cardíacas são cilíndricas e ramificadas, fibras musculares lisas possuem forma fusiforme, ou seja, largas no centro e achatadas nas extremidades, todas as células musculares podem se encurtar no processo de contração gerando força para realizarem várias atividades no corpo. Espermatozoides são alongados e hidrodinâmicos para nadarem com eficiência no sêmen. Células intestinais são colunares e possuem dobras na superfície chamadas microvilosidades que aumentam a eficiência de absorção de nutrientes alimentares. Neurônios são muito longos e ramificados servindo ao transporte de informação pelo corpo e comunicação com outras células. Leucócitos possuem forma irregular e mutável facilitando sua locomoção e captura de corpos estranhos ao corpo. Mesmo células imóveis apresentam movimentação interna de suas estruturas. A manutenção da forma celular a capacidade de algumas células de mudar de forma e se movimentar e movimentar seus componentes citoplasmáticos são funções do citoesqueleto.

O citoesqueleto é um malha de diversos tipos de filamentos proteicos presentes no citoplasma das células eucarióticas. Vamos deixar bem claro suas principais funções: sustentar a forma celular, permitir o movimento celular e movimentar substâncias e os componentes citoplasmáticos.

Tipos de filamentos proteicos do citoesqueleto

Há três tipos filamentos proteicos formando o citoesqueleto: os microfilamentos, os filamentos intermediários e os microtúbulos.

Os microfilamentos do citoesqueleto

Os microfilamentos do citoesqueleto são filamentos proteicos formados principalmente pela proteína actina. Os microfilamentos têm funções relacionadas com a sustentação da forma celular e movimentos das células, como ocorre na formação de pseudópodos nas amebas, na contração muscular nas células musculares e na citocinese do final da divisão celular.  

Para sustentar a forma celular os microfilamentos de actina se acumulam próximos à membrana celular se liga a proteínas da membrana. Vejam no caso de uma hemácia, os filamentos de actina se ligam a proteínas da membrana formando algo parecido a estrutura de sustentação de um telhado, providenciando a forma típica das hemácias. Em células intestinas chamadas enterócitos a forma da superfície cheia de dobras chamadas de microvilosidades são sustentadas internamente por vários microfilamentos de actina ligados a outras proteínas que os mantém unidos entre si e a membrana celular. Nas células musculares em processo de contração, os microfilamentos de actina se associam a filamentos de outra proteína citoplasmática, a miosina. A miosina se liga a actina puxa os microfilamentos de actina para o centro, provocando a contração da fibra muscular. A miosina e actina também trabalham juntas para provocar o estrangulamento celular no final da divisão celular levando a divisão de uma célula mãe em duas células filhas.

Filamentos intermediários do citoesqueleto

Os filamentos intermediários são fortes filamentos proteicos que sustentam a posição do núcleo e organelas celulares e suportam estresse mecânico (tensões). Os microtúbulos funcionam como colunas de sustentação da forma celular. Enquanto os microfilamentos de actina tendem a se concentrar próximos a membrana celular os filamentos intermediários tendem a se localizar mais ao redor do núcleo celular.

Microtúbulos do citoesqueleto

Os microtúbulos são filamentos proteicos do citoesqueleto que possuem forma cilíndrica oca. São macromoléculas constituídas por vários monômeros da proteína de tubulina e atuam no transporte de organelas celulares pelo citoplasma, na migração dos cromossomos durante a divisão celular e são responsáveis pelo movimento dos cílios e flagelos. Os microtúbulos são montados a partir de uma organela celular chamada centrossoma.  

Vamos ver uma animação! Ao fundo vemos vários microtúbulos se formando a partir do centrossoma. Os microtúbulos estão servindo como trilhos de transporte de organelas como vesículas membranosas e mitocôndrias. Este transporte é realizado por proteínas motoras como a dineína que com uma de suas extremidades se liga a uma organela e com a outra se desloca sobre os microtúbulos de tubulina consumindo ATP. Nesta outra animação vemos os microtúbulos se formando a partir do centrossoma se ligando aos cromossomos para organizar a sua migração durante a divisão celular. Ficou claro que uma das principais funções dos microtúbulos é a movimentação de estruturas celulares no interior da célula e movimentação da célula?


Resumindo: 

O citoesqueleto é uma malha de diferentes filamentos proteicos que sustentam a forma célula, permitem a movimentação da célula e de estruturas no interior da célula. Existem três tipos de filamentos no citoesqueleto: os microfilamentos de actina que estão associados principalmente à membrana celular, os filamentos intermediários dispostos principalmente ao redor do núcleo e os microtúbulos de tubulina que se formam a partir do centrossoma no interior do citoplasma.

1 de ago. de 2013

Vídeo aula de citologia: o citoplasma



O citoplasma

Qualquer célula é formada pelos mesmos componentes básicos: a membrana e o citoplasma. Nas células eucarióticas há também o núcleo. Em uma célula o citoplasma é todo o conteúdo celular existente dentro dos limites da membrana celular. O citoplasma é onde ocorre a maior parte da atividade metabólica da célula.

O citoplasma da célula procariótica

Nas células procarióticas o citoplasma é constituído por uma parte líquida chamada citosol ou hialoplasma onde se encontra mergulhado uma ou mais moléculas de DNA e ribossomos. O citosol é um meio aquoso, ou seja, rico em água, com uma série de substâncias dissolvidas e onde ocorre boa parte do metabolismo celular. Os ribossomos são organelas não membranosas, são constituídos por de RNA ribossômico associados a proteínas e são responsáveis pela produção de proteínas. O DNA está encontra se em contato direto com o citoplasma em uma região chamada nucleossoma. Lembre-se que células procarióticas não possuem o DNA no interior de um núcleo separado do citoplasma.

O citoplasma da célula eucariótica

Nas células eucarióticas o citoplasma é formado por três componentes: o citosol, o citoesqueleto e as organelas celulares. O citosol é um meio líquido, rico em água e substâncias dissolvidas, como sais minerais, aminoácidos e nucleotídeos, onde estão mergulhados os outros componentes citoplasmáticos e o núcleo.
O citoesqueleto é uma malha de proteínas que estrutura o citoplasma sustentando a forma celular, posiciona as organelas celulares, age na movimentação celular, na movimentação das organelas celulares e cromossomos durante a divisão celular. As organelas celulares são estruturas citoplasmáticas mergulhadas no citosol que realizam diferentes funções do metabolismo celular. Há dois grupos de organelas: as não membranosas e as membranosas. As organelas não membranosas, como o próprio nome diz não possuem um envoltório membranoso, portanto estão em contato direto com o citosol. As organelas membranosas possuem um envoltório membranoso semelhante à membrana celular separando o seu interior do citosol. São exemplos de organelas não membranosas: os ribossomos que realizam a produção de proteínas, o centrossoma que age nos processos de divisão celular e na formação de cílios e flagelos. São exemplos de organelas membranosas: o retículo endoplasmático rugoso é realiza síntese de proteínas pelos seus ribossomos aderidos, o retículo endoplasmático liso que realiza síntese de lipídios, o complexo de Golgi que está envolvido com a secreção celular, os lisossomos que realizam a digestão intracelular, os peroxissomos que destroem substâncias tóxicas produzidas pelo metabolismo celular, as mitocôndrias que realizam o processo de respiração celular. E os cloroplastos que são responsáveis pela fotossíntese nas células eucarióticas vegetais. As células vegetais também possuem um grande vacúolo vegetal que armazena várias substâncias.

Resumindo o citoplasma é tudo que se encontra dentro dos limites da membrana celular. É a sede da maior parte do metabolismo celular. Nas células procarióticas não é compartimentalizado por membranas internas e as reações do metabolismo celular ocorrem diretamente no citosol. Nas células eucarióticas o citoplasma é compartimentalizado por várias organelas celulares membranosas que realizam processos metabólicos específicos, possui um citoesqueleto sustentando a forma celular e possui o núcleo que abriga o material genético individualizado do restante do citoplasma.

29 de jul. de 2013

Vídeo aula de citologia - Transportes através da membrana celular



TRANSPORTES ATRAVÉS DA MEMBRANA CELULAR

A membrana celular é o envoltório que limita os meios extracelular e intracelular, porém não constitui uma barreira, muitas substâncias conseguem atravessar a sua estrutura, mas o fazem sob seu controle, ou seja, apresenta permeabilidade seletiva (semipermeável). O transporte através da membrana é dividido em dois grupos: o transporte de pequenas moléculas e íons e o transporte de macromoléculas e grandes partículas.

O transporte de íons e micromoléculas

Os íons e micromoléculas atravessam a membrana celular obedecendo dois tipos de processos: o transporte passivo e o transporte ativo. Para entender o transporte ativo e passivo pelas membranas celulares é preciso ter bem claro o conceito de difusão.

Difusão

Difusão é um movimento direcional de íons e moléculas de regiões de alta concentração para regiões de baixa concentração, utilizando a energia cinética da própria substância. A difusão ocorre, pois os íons e moléculas possuem um constante estado de agitação e se quando se chocam transferem energia, gerando movimento. A probabilidade de choque é maior onde as partículas estão mais concentradas forçando sua distribuição preferencialmente para zonas de menor concentração, até que se atinja um equilíbrio. A velocidade de difusão é influenciada pelo do diâmetro das moléculas e íons, quanto menor maior a velocidade; pela temperatura da solução, quanto maior a temperatura maior a velocidade; pelo gradiente de concentração, quanto maior a diferença de concentração maior a velocidade. A difusão é um processo que pode ocorrer através das membranas celulares, mas é afetado pelas propriedades da membrana.

Transporte passivo e ativo através da membrana

No transporte passivo as substâncias atravessam a membrana sem gasto de energia metabólica pela célula, ou seja, sem gasto de ATP, utilizando a energia cinética da própria substância. Este tipo de transporte ocorre sempre a favor de gradientes de concentração, pois ocorre da região de maior concentração em direção a de menor concentração, portanto por difusão. No transporte ativo as substâncias atravessam a membrana com gasto de energia metabólica pela célula, ou seja, com gasto de ATP. Neste tipo de transporte a célula gasta de energia, pois, o transporte se opõe ao gradiente de concentração, ou seja, ocorre do meio onde a substância encontra-se menos concentrada para onde é mais concentrada. Reforçando: se o transporte ocorre a favor do gradiente de concentração é passivo se ocorre contra é ativo.

Transporte passivo através da membrana celular

Há três tipos de transporte passivo: a difusão simples, a difusão facilitada e a osmose.

Difusão simples

Difusão simples é a passagem de pequenas moléculas apolares através da bicamada lipídica, ocorrendo a favor de gradientes de concentração, ou seja, do meio mais concentrado em direção ao meio menos concentrado. Os gases oxigênio e dióxido de carbono, vitaminas lipossolúveis, alcoóis e a amônia atravessam a membrana pela bicamada lipídica por difusão simples.

Difusão facilitada
Difusão facilitada é a passagem de pequenas moléculas polares e íons pela membrana através de proteínas integrais da membrana. Ocorre a favor de gradientes de concentração, ou seja, do meio mais concentrado para o menos concentrado. Na difusão facilitada os íons atravessam a membrana por proteínas integrais que funcionam como canais iônicos. Moléculas um pouco maiores como a glicose atravessam a membrana por proteínas transportadoras, também chamadas de proteínas carreadoras. Os canais iônicos são proteínas integrais que apresentam um canal que serve a passagem aos íons. Alguns canais permanecem abertos o tempo todo, são chamados de canais vazantes, outros podem variar de um estado aberto ou fechado, estes canais são chamados canais comporta e sua abertura é regulada por variações de voltagem na superfície da membrana ou por substâncias ligantes, como hormônios e neurotransmissores. As proteínas transportadoras possuem um sítio de ligação para a molécula que será transportada. Após a ligação a proteína transportadora muda de forma e libera a molécula no outro lado da membrana. A difusão facilitada é um processo altamente específico e ajuda a explicar a permeabilidade seletiva da membrana sempre ocorre a favor de gradientes.

Osmose

Enquanto a difusão simples e a difusão facilitada explica o transporte de soluto através das membranas celulares, há outro mecanismo para explicar o transporte de solventes, a osmose. Lembre-se que a água é o principal solvente nos meios extracelular e intracelular. Osmose é passagem de solvente de uma região menos concentrada em soluto em direção a uma região mais concentrada em soluto através de uma membrana impermeável ao soluto, mas permeável ao solvente, ou seja, uma membrana semipermeável. Para que a osmose aconteça o soluto não deve conseguir atravessar a membrana e deve ser carregado eletricamente, ou seja, polar. Se for carregado positivamente atrairá a molécula da água pelo seu polo negativo, se for positivo atraíra a molécula da água pelo seu polo negativo. Portanto quanto maior a diferença de concentração de solutos carregados eletricamente, maior será a passagem de água pela membrana semipermeável em direção ao meio com mais solutos carregados eletricamente. Podemos dizer que a osmose ocorre graças à existência de um gradiente eletroquímico. Vamos tomar cuidado com alguns termos: o meio menos concentrado em soluto é chamado hipotônico; o meio mais concentrado em soluto é denominado hipertônico. Então podemos dizer que a osmose é o transporte de solvente através de uma membrana semipermeável do meio hipotônico para o meio hipertônico. Se os dois meios separados pela membrana semipermeável tiverem a mesma concentração de soluto os dois meios serão considerados isotônicos, e a água se deslocará em mesma quantidade nos dois sentidos, não ocorrendo transporte efetivo de água.

Osmose em células

Vou mostrar algumas situações onde a osmose esteja ocorrendo através de uma membrana celular.

Imagine uma célula animal, como uma hemácia, sendo colocada em três meios: hipotônico, como a água destilada, hipertônico, como uma solução salina e num meio isotônico. Ao ser mergulhado em meio hipotônico a hemácia ganhara água por osmose, aumentará de volume, podendo inchar tanto até se romper. Nesta situação a hemácia poderá sofrer hemólise. Ao ser inserida em meio hipertônico, a hemácia perderá água, diminuirá de volume e encolherá, ou seja desidratará. Este estado pode ser chamado de crenação. E ao introduzir a hemácia em um meio isotônico ela manterá seu volume de água, pois a quantidade de água que ganhará será o mesmo que perde.

Agora vamos simular a mesma situação em uma célula vegetal. Em meio hipotônico ela também ganha água por osmose, inchará, mas não se romperá graças à presença da parede celular que envolve a membrana. Nesta situação a ela fica em um estado turgido. Em meio hipertônico ela também perderá água, diminuindo de volume, ficando murcha. Neste estado ficará plasmolisada. E no meio isotônico não sofrerá alterações de volume, pois ganhara é perderá o mesmo volume de água.

Vamos analisar um exemplo mais cotidiano. Quando temperamos folhas de alface com sal e vinagre um tempo depois elas murcham, pois o tempero é uma solução salina, portanto hipertônica, fazendo as células das folhas de alface perder água por osmose.

Transporte Ativo
Vamos recordar a definição de transporte ativo. É o tipo de transporte onde substâncias atravessam a membrana com gasto de energia metabólica pela célula, ou seja, com gasto de ATP. Neste tipo de transporte a célula gasta de energia, pois, o transporte se opõe ao gradiente de concentração, ou seja, ocorre do meio onde a substância encontra-se menos concentrada para onde é mais concentrada. Este tipo de transporte ocorre com o uso de proteínas transportadoras nas membranas celulares.

Existem dois tipos de transporte ativo: o primário e o secundário. No transporte ativo primário ocorre gasto direto de ATP para realizar o transporte de um soluto pela membrana. No transporte ativo secundário o gasto de ATP é indireto.

Como exemplo de transporte ativo primário vamos mostrar o transporte de sódio e potássio realizado por uma proteína transportadora da membrana chamada de bomba de Na+/K+.
Nas células ocorrem íons sódio e potássio nos meios extracelular e intracelular, mas a concentração de sódio é muito maior fora da célula e o potássio é muito mais concentrado no interior da célula. Obedecendo as leis da difusão os íons sódio e potássio se difundem a favor dos seus gradientes de concentração, o sódio entrando na célula por canais iônicos de sódio e o potássio saindo por canais iônicos de potássio. Mas apesar do fluxo constante destes íons pela membrana a diferença de concentração tende a se manter constante. Isto acontece, pois o sódio é devolvido para o meio externo e o potássio para o meio interno, em ambos os casos contra os seus gradientes de concentração. Este processo é realizado pela bomba de Na+/K+ que quebra moléculas de ATP para obter energia para mudar de forma e transportar os íons sódio e potássio contra os seus gradientes, caracterizando um transporte ativo.

Agora um exemplo de transporte ativo secundário, o transporte conjugado de íons Na+ e glicose através das membranas celulares. Em várias células a glicose penetra no meio intracelular contra o gradiente de concentração por proteínas transportadoras, utilizando o gradiente de concentração dos íons sódio que é mais concentrado no meio extracelular. É considerado um transporte ativo secundário, pois não envolve um gasto direto de ATP, mas lembre-se que o gradiente do sódio é mantido pela atividade da bomba de sódio potássio, portanto existe um gasto indireto de ATP.

Transporte de grandes moléculas e partículas pelas membranas celulares

Macromoléculas como proteínas, polissacarídeos, ácidos nucleicos e grandes partículas como vírus e outras células não podem atravessar a membrana celular, pois são muito grandes para passar pela estrutura molecular da membrana celular. Estas substâncias para passar entre os dois meios celulares são englobadas pela membrana ou utilizam mecanismos de fusão de vesículas membranosas.

O transporte de grandes moléculas e partículas pela membrana é classificado em duas categorias: a endocitose e a exocitose.

A endocitose

A endocitose corresponde à entrada de macromoléculas e grandes partículas pela criação de uma dobra da membrana ao redor do material. Posteriormente esta dobra se aprofunda, se funde e coloca o material em uma vesícula membranosa no interior da célula.

Existem três tipos de endocitose: a fagocitose, a pinocitose e a endocitose mediada por receptor.

A fagocitose é o englobamento de partículas sólidas pela membrana através de expansões da membrana chamadas pseudópodos, que envolvem as partículas sólidas até se fundirem formando uma vesícula membranosa no interior celular chamada fagossomo. Posteriormente o conteúdo do fagossomo será digerido pela ação dos lisossomos. Amebas se alimentam por este processo e glóbulos brancos do sangue protegem nosso corpo de corpos estranhos desta maneira.

A pinocitose é o englobamento de partículas dissolvidas em líquidos pela membrana através de invaginações da membrana que envolve o líquido até se fundirem formando uma vesícula membranosa no interior da célula chamada pinossomo. Este processo é utilizado para muitas substâncias presentes no sangue entrarem nas células dos vasos sanguíneos e para depois saírem e chegarem ao líquido que envolve as células.

A endocitose mediada por receptor é um processo altamente específico onde à partícula entrará na célula em pontos que possuam receptores proteicos específicos. Nesta região a membrana apresenta-se na forma de uma depressão e é revestida internamente por uma proteína chamada clatrina. Após ocorrer a ligação da partícula com os receptores forma-se uma invaginação ao redor da partícula até se fundirem formando uma vesícula membranosa chamada vesícula revestida por clatrina. Posteriormente a vesícula se fundirá a lisossomos e seu conteúdo processado pelas enzimas digestivas. O colesterol é um exemplo de molécula que entra nas células por este processo. 

A exocitose
A exocitose corresponde à saída de macromoléculas do interior celular que estavam empacotadas no interior de vesículas membranosas que se fundiram a membrana celular. Por exocitose, substâncias são excretadas e secretadas pelas células.

Vamos apresentar um exemplo que represente tanto a endocitose como a exocitose. Uma ameba vai se alimentar de uma bactéria. O processo tem início como a ameba emitindo expansões celulares que envolvem a bactéria, estas expansões são chamadas de pseudópodos. As margens dos pseudópodos se fundem englobando a bactéria no interior do citoplasma em uma vesícula membranosa chamada fagossomo. Ocorreu o processo endocitose por fagocitose. Posteriormente o fagossomo se unirá ao lisossomo contendo enzimas digestivas. Esta fusão forma o vacúolo digestivo, também chamado de lisossomo secundário. Após a digestão da bactéria e absorção de seus constituintes químicos para o citoplasma, ficará dentro do vacúolo o material não aproveitado na digestão. Neste momento, o vacúolo digestivo passa a ser chamado de vacúolo excretor e se deslocará em direção a membrana celular, fundindo-se a ela e liberando seu conteúdo para o meio extracelular. Este processo é chamado clasmocitose ou excreção celular e corresponde a um processo de exocitose.

Resumindo, o transporte de substância através das membranas celulares pode ocorrer de diferentes maneiras, íons e pequenas moléculas podem atravessar a membrana celular, por processos passivos, como a difusão simples, difusão facilitada e a osmose e por processos ativos primários e secundários. Macromoléculas e grandes partículas entram na célula por endocitose do tipo fagocitose, pinocitose e mediada por receptor e saem da célula por exocitose.

20 de jul. de 2013

Vídeo aula - Citologia: Constituição e estrutura da membrana celular



Constituição e estrutura da membrana celular

A membrana celular é uma estrutura que envolve as células marcando o limite entre meio interno e meio externo de cada célula. O meio interno é denominado meio intracelular e o externo de extracelular. A membrana celular é também chamada de membrana plasmática ou plasmolema. Do ponto de vista químico as membranas celulares são constituídas por lipídios, proteínas e carboidratos. Especialmente lipídios e proteínas, por isto, pode-se dizer que ela possui uma constituição principalmente lipoproteica.

Os lipídios da membrana

Os lipídios constituem a maior parte das membranas celulares e geralmente são do tipo fosfolipídios, mas também pode se ter o colesterol na membrana das células eucarióticas animais.
Os fosfolipídios são lipídios formados pela ligação de grupo funcional fosfato e duas cadeias de ácidos graxos a uma molécula de glicerol. Uma das cadeias de ácido graxo é saturada e a outra geralmente insaturada. O pequeno grupo fosfato é carregado com uma carga negativa, portanto possui natureza polar e as duas longas cadeias de ácidos graxos são sem cargas elétricas, portanto apolares. A parte formada pelo grupo fosfato do fosfolipídio pode ser denominada de cabeça e as duas cadeias de ácidos graxos de cauda. Por ser polar, a cabeça do fosfolipídio possui afinidade por compostos polares, como moléculas de água, sendo chamada de porção hidrofílica do fosfolipídio, ou seja, que “gosta da” água. Já a cauda, por ser apolar, possui afinidade por compostos apolares e não possui afinidade por  compostos polares, como a água, sendo considerada uma porção hidrofóbica do fosfolipídio, ou seja, que tem “medo” da água. Devido a sua natureza polar e apolar os fosfolipídios são considerados moléculas anfipáticas. A natureza anfipática dos fosfolipídios faz com que eles em meio aquoso oriente as suas cabeças polares em direção à água presente nos meios extracelular e intracelular e suas caudas apolares interajam entre si. Estas formas de interações fazem que os fosfolipídios se disponham em duas camadas enfileiradas, ou seja, na forma de uma bicamada lipídica. 

Outro tipo de lipídio que pode estar presente na estrutura das membranas celulares é o colesterol. O colesterol também é uma molécula anfipática, a sua porção apolar se relaciona com as caudas dos fosfolipídios e a porção polar com a cabeça dos fosfolipídios. Quanto mais colesterol existir em na membrana celular mais fluída será a membrana, ou seja, mais as moléculas da membrana se movimentarão. O colesterol está presente nas membranas das células animais, sendo ausente na membrana celular das células vegetais. Outro fator que aumenta a fluidez da membrana é a quantidade de cadeias de ácidos graxos dos fosfolipídios, quanto mais cadeias insaturadas mais fluída será a membrana. Se você está com níveis elevados de colesterol no sangue, o que pode ser muito perigoso para a saúde dos seus vasos sanguíneos, causando infartos cardíacos e AVC (acidentes vasculares cerebrais) você pode dar preferência a alimentos de origem vegetal. Preferir margarina a manteiga, diminuir o consumo de carnes, ovos e derivados de leites, produtos de origem animal e, portanto, ricos em colesterol. 

A bicamada lipídica devido a sua natureza apolar interna consiste em uma barreira seletiva a passagem de substâncias, impedindo a passagem de compostos polares como os íons e a água e permitindo a passagem de pequenas moléculas apolares, como o os gases oxigênio e dióxido de carbono. 

As proteínas da membrana

As proteínas são macromoléculas formadas pela ligação de várias moléculas menores chamadas aminoácidos. Cada aminoácido é formado por um carbono central, chamado carbono alfa ligado a um grupo funcional carboxila, a um grupo funcional amina, a um hidrogênio e a uma cadeia lateral, chamada radical. Existem nas proteínas dos seres vivos 20 tipos de aminoácidos, diferenciados pelo tipo de radical que apresentam. Quanto à polaridade alguns radicais são carregados eletricamente, ou seja, polares, e outros são apolares. Portanto, as proteínas possuem também porções apolares e polares. As partes apolares se relacionam com a cauda dos fosfolipídios e as partes polares como a cabeça dos fosfolipídios e com a água dos meios intracelular e extracelular. Algumas proteínas conseguem atravessar totalmente a bicamada lipídica, sendo chamadas proteínas integrais. Outras estão alojadas sobre a bicamada lipídica externa ou interna, estas são denominadas proteínas periféricas. As proteínas possuem funções muito diversas. Além de seres componentes estruturais das membranas celulares, algumas proteínas agem como componentes de reconhecimento celular, outras agem no transporte de compostos polares, algumas funcionam como receptores específicos de neurotransmissores e hormônios.  Existem proteínas da membrana que funcionam como enzimas mediando reações. E ainda existem proteínas que providenciam adesão entre células. Todas as membranas celulares contêm proteínas, mas a sua quantidade e tipos varia entre os diversos tipos celulares e estão relacionados intimamente com as funções de cada célula.

Os carboidratos da membrana

Outro constituinte químico da membrana são os carboidratos. Eles são encontrados na membrana celular, ligados à superfície externa da membrana, unidos aos fosfolipídios e as proteínas. Quando ligado a um lipídio forma um glicolipídio, quando ligado a uma proteína, forma uma glicoproteína. Nas células animais os carboidratos associados a lipídios e proteínas fazem forma um envoltório externo a membrana, chamado glicocálix. O glicocálix tem como função o reconhecimento celular e adesão celular.

Resumindo, as membranas celulares são constituídas principalmente por lipídios organizados na forma de uma bicamada lipídica com blocos de proteínas inseridos, ambos geralmente se movimentando ativamente. Este modelo de organização é chamada de modelo mosaico-fluido.

14 de jul. de 2013

Vídeo aula - Citologia: Estrutura Celular


Na natureza existem milhares de espécies. O estudo com uso de microscópios mostrou que existem dois tipos de células quanto a estrutura, as células procarióticas e as células eucarióticas. Os seres que são formados por uma célula procariótica são chamados procariontes ou procariotos. Os seres que são formados por uma ou mais células eucarióticas são denominados eucariontes ou eucariotos.
As células procarióticas e eucarióticas possuem os mesmos componentes básicos. São constituídas por uma membrana plasmática que delimita os meios extracelular do intracelular. O meio intracelular é chamado de citoplasma. A principal diferença entre os dois tipos celulares está na estrutura do citoplasma. Nas células procarióticas não existem compartimentos internos delimitados por membrana no citoplasma, o material genético, por exemplo, está em contado direto com o citoplasma, por isto se diz que este tipo de célula não possui núcleo verdadeiro. No citoplasma das células eucarióticas existem compartimentos internos delimitados por membranas, o material genético, por exemplo, esta no interior de uma membrana chamada carioteca. A carioteca delimita o núcleo das células eucarióticas e podemos dizer que estas células possuem núcleo verdadeiro. São exemplos destes compartimentos membranosos nas células eucarióticas: o núcleo, o retículo endoplasmático, o complexo de Golgi e as mitocôndrias, entre outros. Em cada um destes compartimentos ocorrem processos bioquímicos específicos.

Podemos classificar os seres vivos quanto ao número de células em duas categorias: os seres unicelulares e os pluricelulares. Os unicelulares são constituídos por uma célula. Os pluricelulares por muitas.

Uma terceira maneira de classificar as células e os seres vivos é quanto à forma de nutrição. Quanto a este critério existem dois tipos de células: as autotróficas e as heterotróficas. As células autotróficas ou organismos autotróficos são aqueles que através de processos metabólicos, ou seja, reações químicas são capazes de produzir o seu próprio alimento, não precisando capturar outros seres vivos para se nutrir. As células heterotróficas ou organismos heterotróficos são aqueles que não conseguem produzir o próprio alimento através do seu metabolismo, sendo necessário o uso de outros seres vivos na alimentação para a nutrição.

Estas classificações auxiliam na diferenciação dos seres vivos nos cinco reinos da natureza. 

  • Os organismos do reino monera são procariontes unicelulares, sendo que as bactérias são heterotróficas e as cianofíceas autotróficas. 
  • Os seres do reino protista são eucariontes unicelulares, sendo que os protozoários são heterotróficos e as algas autotróficas. 
  • Os indivíduos do reino dos fungos são eucariontes, unicelulares, pluricelulares, de nutrição heterotrófica com digestão extracelular extracorpórea. 
  • Os organismos do reino vegetal são eucariontes, pluricelulares e autotróficos.  
  • E os indivíduos do reino animal são eucariontes, pluricelulares de nutrição heterotrófica com digestão intracorpórea.


Lembre-se que os vírus não possuem estrutura celular e nem metabolismo próprio.

13 de jul. de 2013

Vídeo aula: Citologia - A descoberta das Células e a Teoria Celular




No século XVII, o cientista inglês Robert HooK observando finos cortes de cortiça, com o uso de um microscópio, visualizou pequenos poros, semelhantes a favos de mel, que chamou de células. Hoje se sabe que ele observou um tecido vegetal morto, o súber, e o que foi visto era somente a parede celular de células vegetais. Provavelmente, Hook foi o primeiro a observar que os seres vivos são formados por muitas unidades microscópicas que ele denominou células.

No mesmo século o cientista Holandês, Antony van Leeuwenhoek, observou com uso de microscópios amostras de águas e visualizou organismos vivos, micro-organismos unicelulares, como as bactérias, algas e protozoários. Obsevou também fluidos corporais, como o sangue vendo os glóbulos vermelhos e o sêmen, visualizando os espermatozoides. Suas observações verificaram que em vários seres vivos eram constituídos por unidades microscópicas.

No século XIX outros pesquisadores aprofundaram o conhecimento sobre as células. O botânico alemão Matthias Jacob Schleiden estudando muitos vegetais verificou que todos eles eram constituídos por células. O zoólogo Theodor Schwann  estudando os animais chegou a mesma conclusão. O russo Alexandre Virchow propôs que novas células formam-se pela reprodução de outras pré-existentes e o alemão Walther Flemming descreveu em detalhes o processo de divisão celular.  

Os trabalhos destes quatro pesquisadores resultaram na proposta da Teoria Celular que tinha como três pontos principais:
  1. As células são as unidades morfológicas dos seres vivos, pois todos os seres vivos são formados por células.
  2. As células são as unidades funcionais dos seres vivos, pois as atividades fundamentais que caracterizam a vida ocorrem dentro da célula.
  3. Novas células formam-se pela reprodução de outras células preexistentes, por meio da divisão celular.

No século XX, com a descoberta dos vírus, soube-se que nem todos os seres vivos são constituídos por células.

2 de jul. de 2013

Lâminas de Histologia: Osso Trabecular (Crânio)


O osso trabecular é encontrado formando a maior parte da estrutura dos ossos curtos, chatos e irregulares, como os do crânio, da mandíbula, das costelas, do esterno e da pelve. O osso trabecular é também conhecido como osso esponjoso.

O osso trabecular é formado por uma trama irregular de finas colunas ósseas chamadas trabéculas ósseas. Entre as trabéculas existem espaços preenchidos por vasos sanguíneos e pela medula óssea vermelha. A medula óssea vermelha é formada por tecido hematopoiético que forma as células sanguíneas.

O osso trabecular, como qualquer tipo de osso, é envolvido por uma camada de tecido conjuntivo denso não-modelado chamado periósteo. O periósteo é dividido em duas porções. A mais externa possui poucos fibroblastos e é rico em fibras colágenas. É chamada porção fibrosa. E uma interna muito densa em células osteogênicas e osteoblastos. As células osteogênicas se dividem constantemente e se diferenciam em osteoblastos. Os osteoblastos secretam a parte orgânica da matriz óssea, principalmente o colágeno. Os osteoblastos são envolvidos pela matriz e se diferenciam em osteócitos que secretam a parte inorgânica da matriz do tecido ósseo. Os osteócitos são abrigados em uma região da matriz chamada lacuna.


Revestindo internamente o espaço presente entre as trabéculas há o endósteo, uma camada de células osteogênicas e osteoblastos que formam mais matriz óssea. 

Lâminas de Histologia: Placa Epifisária


Em um osso longo, como o úmero localizado no braço, as extremidades são chamadas de epífises, a porção longa, cilíndrica do osso é a diáfise. Entre a epífise e diáfise há uma região chamada metáfise. Na metáfise de ossos com capacidade de crescimento em comprimento há uma região cartilaginosa, chamada placa epifisária. A placa epifisária também é chamada de disco epifisário, disco de crescimento ou cartilagem de conjunção. A placa epifisária é uma camada de cartilagem hialina que permite ao osso crescer em comprimento.

A placa epifisária é formada por quatro zonas:
  1.        Zona de cartilagem em repouso
  2.        Zona de cartilagem em proliferação
  3.        Zona de cartilagem hipertrófica
  4.        Zona de cartilagem calcificada

Na zona de cartilagem em repouso próxima a epífise óssea possui pequenos condrócitos no interior de lacunas distribuídos de forma dispersa. Nesta zona eles não influenciam no crescimento ósseo, por isto é denominado zona de repouso.

Na zona de cartilagem em proliferação os condrócitos aumentam ligeiramente de tamanho e realizam sucessivas divisões celulares, aumentando muito em número e dispostos em fileiras.

Na zona de cartilagem hipertrófica os condrócitos aumentam muito de tamanho e continuam dispostos em fileiras.

A multiplicação dos condrócitos na zona de proliferação e o seu crescimento na zona de cartilagem hipertrófica produzem o crescimento da diáfise do osso longo.

Na zona de cartilagem calcificada os condrócitos estão mortos devido a calcificação da matriz ao seu redor.

Abaixo da zona de cartilagem calcificada ocorre uma zona de calcificação onde osteoclastos dissolvem a cartilagem calcificada e osteoblastos e osteócitos produzem uma matriz óssea que une firmemente a placa epifisária a diáfise.


Entre as idades de 18 a 25 anos as placas epifisárias dos ossos longos calcificam influenciadas pelos hormônios sexuais, estrogênio nas mulheres e testosterona nos homens. Em seu local resta somente uma linha epifisária. A partir da calcificação da placa epifisária cessa o crescimento e comprimento dos ossos longos.

27 de jun. de 2013

Lâmina de histologia: epitélio pseudo-estratificado (traquéia)



A traquéia é um órgão tubular que faz parte do tubo respiratório. Como outras partes do tubo respiratório a traquéia serve a passagem de ar. Enquanto o ar passa pela traquéia, é filtrado, umidificado e aquecido. O epitélio da traquéia é encontrado revestindo o lúmen deste órgão.

O epitélio da traquéia é um epitélio constituído por uma única camada de células cilíndricas muito justapostas. Quando observamos este epitélio ele aparenta ser um epitélio estratificado, pois possuem células de alturas diferentes e devido a disposição não uniforme dos núcleos que podem ocupar as células em diferentes alturas. Este epitélio simples que parece ser estratificado é classificado como um epitélio pseudo-estratificado.
O epitélio pseudo-estratificado da traquéia apresenta três tipos celulares: as células basais, as células ciliadas e as células caliciformes.
  • As células basais são mais baixas que as demais e não atingindo o lúmen. São células com alta capacidade de divisão celular e que se diferenciam nos demais tipos celulares do epitélio.
  • As células ciliadas alcançam o lúmen e possuem cílios na sua superfície apical.
  • As células caliciformes, também chamadas de células mucosas, são células dilatadas na sua porção apical próxima ao lúmen. São responsáveis pela secreção de muco. O muco é responsável pela retenção de partículas que entraram juntamente com o ar, tais como pó, pólen e micro-organismos. O muco é transportado em direção ao sistema digestório pelo movimento dos cílios das células ciliadas.

Este tipo de epitélio é encontrado revestindo várias partes do sistema respiratório. Além da traquéia é verificado nas cavidades nasais, laringe, brônquios e alguns bronquíolos, sendo também chamado de epitélio respiratório.


Como em todos os tecidos epiteliais, o epitélio pseudo-estratificado está conectado a tecido conjuntivo por uma membrana basal e são avasculares.

26 de jun. de 2013

Lâminas de Histologia: Tecido Conjuntivo Cartilaginoso



O tecido conjuntivo cartilaginoso é encontrado em várias partes do corpo, como por exemplo, na traqueia. É um tecido com função de sustentação, resistente e capaz de sofrer deformações e voltar à forma original, pois apresenta flexibilidade.

As cartilagens são geralmente revestidas por uma camada de tecido conjuntivo denso irregular, chamada pericôndrio. O pericôndrio externamente possui uma camada fibrosa, pobre em fibroblastos e rica em fibras colágenas e uma camada mais interna com muitas células condrogênicas e condroblastos. As células condrogênicas formam os condroblastos. Os condroblastos produzem a matriz cartilaginosa, promovendo um crescimento de fora para dentro, chamado crescimento aposicional. A cartilagem é constituída por células chamadas condrócitos que estão mergulhadas em uma substância fundamental rica em sulfato de condroitina e com fibras proteicas. Os condroblastos conforme secretam a matriz são introduzidos no interior da cartilagem e se diferenciam em condrócitos. Os condrócitos estão inseridos em espaços da matriz chamados lacunas.  Em cartilagens jovens, os condrócitos podem se dividir no interior das lacunas, contribuindo para o crescimento da cartilagem de dentro para fora, chamado crescimento intersticial. Quando dois ou mais condrócitos estão no interior de uma mesma lacuna eles são chamados de condrócitos isógenos.

Há três tipos de cartilagem: a cartilagem hialina, cartilagem elástica e a cartilagem fibrosa.

A cartilagem hialina é envolvida por pericôndrio e possui fibras colágenas do tipo II muito finas envolvidas por sulfato de condroitina, possuindo um aspecto homogêneo. A cartilagem hialina é o tipo mais comum de cartilagem no corpo humano.

A cartilagem elástica é envolvida por um pericôndrio e possui fibras colágenas do tipo II muito finas e fibras elásticas grossas que dão o aspecto mais fibroso desta cartilagem. Este tipo de cartilagem é encontrado, por exemplo, sustentando a orelha.

A cartilagem fibrosa, também chamada de fibrocartilagem não possui pericôndrio e possui uma grande quantidade de espessas fibras colágenas do tipo I. Nesta cartilagem os condrócitos estão dispostos em fileiras. A fibrocartilagem é muito resistente forma os meniscos, os discos intervertebrais, servindo a absorção de impacto e a sínfise púbica.

As cartilagens ao contrário dos demais tecidos conjuntivos são avasculares sendo nutridos pelos vasos sanguíneos presentes no pericôndrio que envolve a cartilagem. 

25 de jun. de 2013

Lâminas de Histologia: Epitélio Simples Cúbico (Rim)



Os rins são órgãos que tem como principal função a produção de urina. Este processo é realizado nos rins por milhares de estruturas chamadas néfrons.
Os néfrons são estruturas microscópicas, constituídas por uma porção capsular e uma porção tubular. A porção capsular é formada por uma cápsula que recebe um vaso sanguíneo que traz sangue para ser filtrado. No interior da cápsula este vaso se ramifica em uma rede de capilares sanguíneos chamado glomérulo. É no glomérulo que ocorre a retirada de substâncias do sangue, ou seja, a filtração. Depois de filtrado, o sangue sai da cápsula por outro vaso sanguíneo. Após o sangue ser filtrado no glomérulo, o líquido que saiu do glomérulo preenche o espaço capsular no interior da cápsula. Este líquido é chamado urina inicial ou filtrado. A urina inicial é conduzida em direção à porção tubular que é dividida em três partes: o túbulo contorcido proximal, a alça do néfron e o túbulo contorcido distal. O túbulo contorcido distal conecta-se a um túbulo coletor.  Enquanto passa pela porção tubular, parte do filtrado é devolvida a circulação sanguínea, um processo chamado reabsorção e ainda apode receber a adição de novos materiais, mecanismo denominado secreção. Resultante destes processos dá-se a produção da urina final que deixará os rins.
Agora que em linhas gerais foram apresentados os componentes e funções de um néfron, vamos à análise da histologia renal para mostrar o epitélio simples cúbico na porção tubular dos néfrons. Em um corte transversal em um rim pode se ver uma cápsula renal abrigando em seu interior o glomérulo e vários túbulos renais ao seu redor. Note que nos túbulos renais o epitélio é simples cúbico, pois é constituído por uma camada de células com formato cúbico e com núcleos arredondados centralizados nas células. Estas células revestem o lúmen dos túbulos contorcidos proximais, da alça do néfron e túbulos contorcidos distais. No epitélio da cápsula do néfron, o epitélio é simples pavimentoso, pois apresenta uma camada de células achatadas. Como em todos os tecidos epiteliais, os epitélios mostrados aqui estão conectados a tecidos conjuntivos por uma lâmina basal e são avasculares.

19 de jun. de 2013

Lâminas de Histologia: Epitélio Estratificado Pavimentoso Não Queratinizado (esôfago)



Neste vídeo é discutido  o epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado.

Como exemplo deste tecido é apresentado o epitélio do esôfago. O epitélio do esôfago é encontrado revestindo o lúmen deste órgão. O epitélio do esôfago é um epitélio estratificado, pois é constituído por várias camadas celulares, pavimentoso, pois as células mais superficiais são achatadas e não queratinizado, pois não possui uma camada queratinizada na sua superfície. Neste epitélio a camada mais profunda, chamada camada basal, possui células cúbicas com intensa atividade mitótica que formam as demais células deste epitélio. Conforme as células migram em direção a superfície, tornam-se achatadas e podem se soltar para o interior do lúmen do esôfago. O epitélio do esôfago, como todos os tecidos epiteliais, está ligado a um tecido conjuntivo por uma membrana basal. Os tecidos epiteliais são avasculares e são nutridos a partir de nutrientes que se difundem de vasos sanguíneos presentes no tecido conjuntivo adjacente.

17 de jun. de 2013

Lâminas de Histologia: Tecido Epitelial Estratificado Pavimentoso Queratinizado (pele)



Como exemplo de tecido epitelial estratificado pavimentoso queratinizado temos epitélio da pele.

A pele é formada por duas partes principais. A parte superficial é composta por tecido epitelial. É chamada epiderme. A parte mais profunda é composta por tecido conjuntivo e é chamada de derme. A epiderme se diferencia da derme pela presença de células justapostas, enquanto na derme há uma abundante matriz extracelular entre as células. A epiderme é um epitélio estratificado pavimentoso queratinizado. Estratificado, pois é formado por várias camadas celulares, pavimentoso queratinizado, pois as células mais superficiais possuem formato achatado e são impregnadas da proteína queratina.

A epiderme geralmente possui quatro camadas: a camada basal, a camada espinhosa, a camada granulosa e a camada córnea.

  • A camada basal, também chamada de estrato germinativo, é a mais profunda das camadas epidérmicas. É formada por uma camada de células cúbicas, os queratócitos basais que possuem intensa capacidade de divisão celular, produzindo continuamente novos queratócitos e outros tipos celulares.


  • A camada espinhosa está localizada logo acima da camada basal. É formada principalmente por queratócitos que na base desta camada possuem forma poliédrica e no ápice forma achatada.


  • A camada granulosa é formada por algumas camadas de queratócitos achatados em processo de apoptose, ou seja, morte celular. Esta camada marca a transição entre a parte viva e morta da epiderme.


  • A camada córnea é formada por queratócitos mortos impregnados de queratina e lipídios, que conferem a esta camada resistência ao atrito e impermeabilização. Outra função desta camada é dificultar a entrada de micro-organismos. A camada córnea está em constante processo de descamação.


A epiderme, como todos os tecidos epiteliais esta ligado a um tecido conjuntivo por uma membrana basal.

Lembre-se que os tecidos epiteliais são avasculares e são nutridos a partir de nutrientes que se difundem de vasos sanguíneos presentes no tecido conjuntivo adjacente. No caso presentes na derme.

25 de mai. de 2011

Video aula #4 – Fisiologia: Digestão.



Muitos dos usuários do FAQBIO solicitam gravações de mais vídeo aulas. Não gravo com frequência pois são muito trabalhosas. Mas atendendo aos pedidos preparei esta vídeo aula sobre a digestão. A aula foi dividida em duas partes. A primeira tratará de aspectos gerais da digestão e a segunda parte exclusivamente sobre a digestão humana. A segunda parte será publicada posteriormente em www.faqbio.blogspot.com . Se gostou da aula não esqueça de declarar gostei no youtube.


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