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11 de abr. de 2012

Planadores da natureza



A capacidade de voo controlado é própria da maioria dos insetos, das aves e alguns mamíferos quirópteros, os morcegos. Mas há outros animais que se aventuram no ar, como poucos anfíbios, répteis e mamíferos que desenvolveram a capacidade de planar.

Esses animais evoluíram em um ambiente florestal, selecionados, entre outras característcas, pela habilidade de se mover rapidamente de uma árvore para outra para fugir de predadores e surpreender presas.  Como “asas” para planar são utilizadas projeções da pele entre os dedos ou projeções de pele entre as patas anteriores, posteriores e às vezes a cauda.

Alguns exemplos de animais planadores


O dragão voador que vive em florestas asiáticas plana com projeções laterais sustentadas por suas costelas.


 
O lêmure voador possui uma aba planadora entre as quatro patas e a cauda.



A lagartixa voadora possui um kit completo adaptado a planar: membranas laterais no tronco, cauda achatada e uma pele entre os dedos, a membrana interdigital.




A rã voadora possuem entre os dedos um fina pele (membrana interdigital) que funciona com  uma espécie de paraquedas suavizando a velocidade em uma queda livre de uma árvore para outra.  
 

9 de abr. de 2012

Como as células cardíacas morrem durante um infarto?


O coração é um órgão muscular. O músculo cardíaco é chamado miocárdio. Este músculo é constituído por células musculares chamadas fibras musculares estriadas cardíacas (fibras cardíacas). São células com capacidade de se contrair, gerando força para bombear o sangue pelo corpo.
Figura: A figura mostra o coração, suas fibras cardíacas (células) e as proteínas de contração.

Cada fibra cardíaca possui em seu interior um sistema de filamentos proteicos (actina e miosina, principalmente) que se ligam e se movimentam gerando o processo de contração. Este mecanismo gasta muita energia, fornecida de uma molécula energética chamada ATP (adenosina trifosfato) produzida durante o processo de respiração celular aeróbica. A respiração celular aeróbica ocorre a partir de reações que necessitam de glicose e oxigênio para ocorrer. As fibras cardíacas vivem mergulhadas em um meio líquido, o liquido extracelular (líquido intersticial) que recebe de vasos sanguíneos cardíacos o gás oxigênio e os nutrientes necessários para sustentar o funcionamento das fibras cardíacas.

Quando artérias do coração sofrem um estreitamento por acúmulo de colesterol (isquemia), a fibras cardíacas ficam privadas de quantidades suficientes de gás oxigênio e nutriente, consequentemente, falta combustível para alimentar a produção de ATP pelas mitocôndrias. Um mecanismo emergencial entra em ação, lipídios e proteínas das fibras cardíacas começaram a ser utilizadas pelo metabolismo para a produção de ATP. Mas rapidamente o combustível alternativo será esgotado e a fibra muscular passa por um blackout energético para manter as atividades celulares.


Figura: Em detalhe é mostrado a isquemia (estreitamento) da artéria coronária, privando o músculo cardíaco de nutrientes.

A carência de ATP impede o funcionamento de proteínas transportadoras de íons na membrana celular, um processo vital a sobrevivência de qualquer célula. Nesse momento todos os processos que gastam ATP são interrompidos, inclusive o mecanismo de contração, em uma tentativa de desviar o pouco ATP disponível para alimentar o funcionamento das proteínas transportadoras de íons da membrana. Quando o ATP se esgota, as proteínas da membrana param de funcionar, o deslocamento anormal de íons pela membrana provoca um desequilíbrio osmótico, e as células cardíacas passam a receber muita água por osmose. As células incham e se rompem. O rompimento celular libera substâncias intracelulares que ativam uma resposta de defesa do corpo. Células do sistema imunológico, os macrófagos se deslocam até o ponto de lesão cardíaca e começam a destruirr as células lesionadas. O local lesionado privado de suas fibras cardíacas será ocupado por um tecido diferente, sem função contrátil afetando a capacidade contráctil do coração neste ponto. Quanto maior a área afetada maior o comprometimento cardíaco. 

Figura: O ponto escuro no coração indica a parte necrosada, pela falta de um suprimento adequado de sangue


6 de abr. de 2012

PARA QUE SERVE OS OCELOS?




Muitas espécies de animais possuem manchas pigmentadas arredondadas que se assemelham a olhos em partes do seu corpo. Estas manchas circulares são chamadas ocelos.

Qual a função dos ocelos?

Quando ameaçado por predadores os animais expõe seus grandes ocelos. A visão surpresa dos falsos olhos assusta o predador, que talvez, interprete a situação como um encontro perigoso com outro animal. A exposição dos ocelos pode desencorajar o ataque ou causar um momento de indecisão que permite a fuga da presa. Muitos animais possuem a localização dos ocelos na parte de trás do corpo, fazendo a parte de traz de o corpo parecer à cabeça. Isto traz uma vantagem na fuga de predadores, pois geralmente o predador espera que a presa escape em uma determinada direção e ela foge na oposta. Veja o exemplo exposto na figura abaixo (foto b), uma lagarta com ocelos no final do corpo.


4 de abr. de 2012

COMO UMA COBRA CASCAVEL ENCONTRA SUA PRESA?



Para localizar suas presas a cobra cascavel e outras víboras, cobras da família Viperidae, fazem uso de vário sentidos.

1. Primeiramente usam o olfato.  Com a língua bífida (bipartida) capturam no ar e no solo substâncias que indicam a presença da presa, um rato, por exemplo. A língua conduz as evidências da presa até um par de órgãos localizados no céu da boca (palato), os órgãos de Jacobson. O olfato começa a localizar a presa a longa distância. Após localizar o caminho que o rato faz com frequência,  a cascavel posiciona-se escondida e a espera a passagem da presa.
 


2. Os ossos do crânio em contato com o solo captam vibrações geradas pela locomoção do rato.


3. Conforme o rato aproxima o a cobra focaliza a sua atenção utilizando a visão. Mas a cobra cascavel possui hábitos noturnos, o que dificulta a visualização da presa no escuro pelos olhos. Então a cobra faz uso de um sentido inusitado, a detecção de calor por órgãos sensoriais termossensíveis, localizados em cavidades entre os olhos e as narinas, as fossetas lacrimais (fossetas loreais).
Figura: Órgãos do sentido de uma cascavel.

Figura: Visão térmica captada por células termorreceptoras da fosseta lacrimal (fosseta loreal). As zonas vermelhas são as mais quentes.

4. Quando o rato se aproxima a cobra se projeta sobre ele, faz com seus dentes inoculadores de veneno uma rápida injeção de neurotoxina o que imobiliza a presa permitindo uma fácil captura do rato.

Figura: A cobra finaliza a captura da presa com uma injeção de veneno neurotóxico durante o ataque ao rato (bote).

1 de abr. de 2012

POR QUE NÃO SENTIMOS CÓCEGAS QUANDO FEITAS POR NÓS MESMOS?




Esta postagem foi inspirada na pergunta de um acadêmico do Curso de Farmácia da UFBA de Vitória da Conquista durante a aula de Fisiologia Humana.

Você pode ser a pessoa mais sensível a estímulos tácteis na pele que provoquem a sensação de cócegas, especialmente em algumas regiões do corpo, mas quando elas são auto provocadas a sensação delas é mínima.

Por que não conseguimos sentir as cóssegas feitas por nós mesmos?

A resposta a essa questão parece ser explicada por um mecanismo do sistema nervoso que compara os movimentos planejados pelas áreas motoras do encéfalo e os movimentos que foram executados pelos nossos músculos, permitindo uma melhor coordenação motora. Esse monitoramento é realizado pelo cerebelo de forma incosciente. A falta de consciência do sistema nervoso tem uma grande vantagem, deixar as áreas sensoriais do cérebro livre para detectar sensações provocadas por estímulos inesperados, evitando sobrecarga de informação.

Um outro exemplo deste processo pode ser percebido na cavidade bucal, na maior parte do tempo você não sente os movimentos da própria língua durante a fala.


18 de mar. de 2012

Quanto tempo uma pessoa vive sem água?


Dia 22 de março - Dia mundia da água


Importância da água para a vida humana

No corpo humano a água corresponde de 50% a 70% do peso corporal. A maior porte está citoplasma das células. No citoplasma favorece as reações químicas (metabolismo celular), transporta substâncias. Fora das células a água é encontrada principalmente no líquido insterticial (líquido entre as células) e no plasma sanguíneo (porção líquida do sangue). Graças a água o sangue circula distribuindo O2, nutrientes alimentares  e hormônios até as células  e recolhe excretas (dióxido de carbono e excretas nitrogenadas). A água também favorece a manutenção da temperatura corporal, pois muda de temperatura lentamente.



Ingestão e eliminação diárias de água

A maior parte da água do corpo vem do ambiente externo, é ingerida diariamente na forma líquida ou embutida em alimentos (cerca de 2,2 litros) Uma pequena parte é produzida pelo metabolismo celular, reações de desidratação que produzem água metabólica (0,3 litros). Diariamente o corpo perde água pela eliminação da urina (1,5 litros), fezes (0,1 litros),  transpiração e respiração (0,9 litros).
Figura: Ingestão e eliminação diárias de água (condições normais).

A perda de água por transpiração é muito variável, podendo aumentar muito quando o corpo está muito ativo (durante atividade física, por exemplo) ou quando exporto altas temperaturas ambientais.

Quanto tempo se vive se água

O tempo de vida sem água é muito variável, podendo variar de poucas horas a alguns dias. Se uma pessoa estiver submetida a uma alta temperatura ambiental (cerca de 50oC ) algumas horas bastam, especialmente sob atividade intensa sem hidratação. Mas se for mantido o repouso em uma temperatura ambiental favorável, é bem provável que uma pessoa saudável sobreviva de 5 a 7 dias.

A desidratação pode causar morte

Sob desidratação severa uma pessoa irá morrer , pois com a desidratação o sangue perderá muita água dificultando a circulação, levanto os tecidos a uma carência de nutrientes, acúmulo de excretas e elevação da temperatura corporal. Este fatores podem levar várias funções corporais a um colapso.  

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Figura: Como a desidratação afeta o organismo.



14 de mar. de 2012

Quais as funções da pele?


 Click na figura para ampliar

A pele que envolve o corpo é o maior órgão que temos, em adultos mede 2 m2 e pesa 5 kg, correspondendo a cerca de 16% do peso corporal.  A pele é constituía por duas partes: a epiderme (mais superficial) e a derme (mais profunda).
Funções da pele
  • Reveste o corpo protegendo contra agressões ambientais como o atrito com o ambiente, calor, frio e desidratação. Estas funções são devidas as células mais abundantes da epiderme, os queratócitos que produzem uma proteína fibrosa muito resistente a queratina e um lipídio impermeabilizante.
  • A pele protege as partes mais internas do corpo da ação nociva dos raios solares. Esta função é devida a presença de células da epiderme, os melanócitos que produzem um pigmento negro, a melanina, capaz de absorver a radiação U.V. .
  • A pele protege o corpo contra a invasão de microorganismos. Várias células estão envolvidas nesta função. Na epiderme, os queratócitos mais superficiais são uma barreira a entrada de microorganismos, são células tão impregnadas com queratina e impermeabilizadas que são mortas. As células de Langherans da epiderme são células de defesa que protegem a pele contra microorganismos. Na derme há macrófagos (células de defesa) que fagocitam bactérias.
  • A pele esta envolvida com a reserva de energia, pois possuem células que armazenam gordura, os adipócitos.
  • A pele possui função secretora, possuindo a uma série de glândulas na derme, como as glândulas sudoríparas e sebáceas. As glândulas sebáceas produzem uma secreção chamada sebo, que protege o cabelo e evita o ressecamento da pele. as glândulas sudoríparas produzem uma secreção rica em água e sais minerais, o suor, liberada em resposta ao aquecimento do corpo auxiliando da regulação da temperatura.  
  • A pele é um órgão sensorial. Na epiderme há as células de Merkel relacionadas com o tato. Na derme células termorreceptoras, receptores de tato, pressão, vibração e de lesão.

A pele é um órgão bastante resistente e elástico, estas propriedades são dadas a pele por células da derme chamadas fibroblastos, responsáveis pela produção de fibras proteicas de colágeno que dá resistência a pele e elastina que confere elasticidade. 



23 de jun. de 2011

Os cavalos marinhos - Uma abordagem para vestibulandos


Cavalos marinhos são peixes

Cavalos-marinhos apesar de sua forma singular muito diferente da maioria dos peixes com sua cabeça erguida, o corpo envolto por anéis ósseos e ausência de nadadeira caudal, são pertencentes à classe dos peixes ósseos, que abrange espécies como a sardinha, tilápia, dourado, pintado, lambari e muitos a outros.



Cavalos marinhos não são bons nadadores

O corpo dos cavalos marinhos é adaptado a uma vida com reduzida mobilidade. Possuem corpo pouco flexível, exceto pela cauda que representa cerca da metade do tamanho do corpo e é preênsil, uma adaptação a fixação a vegetação marinha, rochas, corais e esponjas, funcionando como uma espécie de ancora.



Aspectos reprodutivos do cavalo marinho

Muitas espécies de cavalo marinho possuem um único parceiro reprodutivo, ou seja, são espécies monogâmicas. São espécies com dimorfismo sexual. O ato reprodutivo é antecedido por um elaborado ritual de acasalamento, onde, entrelaçam suas caudas durante o acasalamento.


Durante o acasalamento, que pode durar várias horas, a fêmea transfere para os machos seus  óvulos. Em muitas espécies de cavalos marinhos os machos recebem os óvulos em uma câmara incubatória localizada no ventre. Nesses casos, esta bolsa, é o local de fecundação e desenvolvimento inicial dos filhotes. Durante a permanência das formas jovens na bolsa incubatória, ocorre à nutrição do filhotes através da parede intensamente vascularizada da bolsa.

    
Durante o período de incubação o macho permanece preso a vegetação. Os filhotes ao saírem da bolsa incubatória possuem o aspecto dos adultos e permanecem presos a vegetação.

Cavalos marinhos são especialistas em camuflagem.

Muitos cavalos marinhos possuem cores  que os harmonizam com o meio em que vivem. Este processo é denominado camuflagem.



Algumas espécies de cavalo marinho mimetizam outras espécies

Outros cavalos marinhos possuem forma corporal que são semelhantes a espécies do ambiente em que vivem. Neste caso, realizam um processo chamado mimetismo. Veja nas fotos abaixo, um cavalo marinho mimetizando algas e outros dois mimetizando corais.







1 de out. de 2010

Explore as foto da serpentes
Veja nesta foto de uma cascavel as características de uma cobra peçonhenta

- Cabeça triangular
- Pupila com olho vertical
- Fosseta loreal
- Escama Quilhada
- Cauda Curta (no caso com guizo)

Localize também:

- As narinas
- Língua bífida

Veja nesta fota de uma jibóia (cobra não peçonheta)


- Cabeça Triangular
- Olho com a pubila vertical

Veja nesta foto de uma coral verdadeira (cobra peçonhenta)


- Cabeça mal destacada
- Pupila circular