A muito tempo meus alunos perguntam sobre a presença e interferencia de hormõnios sexuais contidos no ambiente sobre os animais, inclusive no homem. Achei este artigo e fiz uma sintese sobre o assunto. Bom proveito!
Interferentes endócrinos
Interferentes endócrinos são substâncias de natureza química diversa que têm em comum a capacidade de interagir com os receptores de estrógenos que a maioria dos animais carrega na membrana de suas células. "Disfarçadas" de hormônio, elas imitam o estrógeno e produzem uma mensagem enganosa que pode fazer a célula se multiplicar, morrer ou produzir certas proteínas na hora errada, por exemplo. Em animais, o efeito mais evidente é a feminilização de machos, e, com menor frequência, a masculinização de fêmeas. Em seres humanos as pesquisas são conclusivas.
Evidencias:
- Ursos polares estão tendo menos filhotes;
- Pinguins no ártico estão tendo menos filhotes;
- Moluscos no litoral brasileiro apresentam dois sexos;
- Crocodilianos na flórida têm os dois sexos;
- Adiantamento na 1ª mestruação na população humana;
- Diminuição do número de espermatozóides em humanos.
Os interferentes endócrinos dividem-se em duas categorias:
- Os hidrossolúveis
- Os lipossolúveis.
Os interferentes endócrinos hidrossolúveis
Contaminam o esgoto e devido a sua natureza hidrossolúvel são carreados pela água, atingindo rios e oceanos e o lençol freático. São exemplos destes compostos:
- O estrógeno natural liberado pela urina de mulheres e fêmeas de mamíferos;
- Os estrógenos sintéticos presentes em anticoncepcionais;
- Os compostos químicos usados na produção de plásticos, o oftalatos e o bisfenol;
- Os fitoestrógenos encontrados em derivados da soja (exceto óleo)
Os interferentes endócrinos lipossolúveis
Acumulam-se na cadeia alimentar e podem se espalhar por todo mundo através do deslocamento dos animais. São exemplos destes compostos:
- O DDT, agrotóxico banido em muitos países;
- O fibronil agrotóxico ainda em uso.
- TBT (tributilestanho), presente na fórmula de tintas náuticas que impedem a incrustação de cracas no casco de barcos;
Click na figura para ampliá-la
Esta postagem foi feita baseada no trabalho: Descarga de hormônios publicado na revista UNESP ciência em março de 2010. Para ler esta matéria muito interessante click aqui.
Faça um exercício sobre este assunto:
FAQBIO/2010 - PERGUNTA 001/2010
Resposta desta pergunta aqui
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