Métodos contraceptivos são métodos utilizados por quem tem
vida sexual ativa e quer evitar a uma gravidez. Existem vários métodos, alguns
podem ser utilizados pelos homens, outros pelas mulheres, variando bastante em
eficiência.
Método de ritmo (tablinha)
O método de ritmo é um método comportamental de contracepção
que consiste em evitar a fecundação do óvulo pelo espermatozóide evitando-se relações sexuais em dias próximos ao dia da ovulação. Em mulheres com ciclo de
28 dias, que corresponde à maioria, evita-se relações sexuais entre o 10º e o
20º dia do ciclo (período fértil). Para usar este método tem que se tem em
mente que o 1º dia do ciclo coincide com o inicio da menstruação, o 14º dia é
quando ocorre a ovulação. O ciclo pode
ser observado com uso de calendários e auxiliado com o monitoramento da
temperatura corporal basal e mudanças na viscosidade do muco cervical (método
de Billings).
No dia da ovulação a temperatura corporal da mulher diminui,
aumentando de forma aguda a partir da ovulação.
Já o muco cervical torna-se mais espesso
próximo à ovulação.
Este método de ritmo tem índice de falha de 15% a 35%. A falha do método é explicada devido a oscilações do ciclo do dia de ovulação e devido a sobrevivência dos gametas no trato reprodutivo. Os espermatozoide podem sobreviver até 6 dias e os óvulos até 3 dias.
Método do coito interrompido
O coito interrompido é um método comportamental que consiste
em evitar a fecundação do óvulo pelo espermatozoide retirando o pênis da vagina
antes da ejaculação. Este método apresenta falha de 10% a 40%, pois nem sempre
é conseguido com sucesso total.
Métodos de barreira
(camisinha e diafragma)
Os métodos de barreira consistem em posicionar um obstáculo
físico entre o óvulo e o espermatozóide. O uso de camisinha masculina e
feminina e do diafragma são exemplos de métodos de barreira.
As camisinha modernas são feitas de material impermeável e
elástico, geralmente látex, que se ajustam sobre o pênis erétil ou no interior
da vagina, no caso da feminina. Além de função contraceptiva, já que evita a
entrada do espermatozóide na vagina, a camisinha auxilia na prevenção de
doenças sexualmente transmissíveis (DST), como a AIDS, gonorreia e sífilis,
entre outras. O uso de camisinha
apresenta índice de falha de 3% a 20% devido a defeitos de fabricação e mau
uso. Consiste em mau uso colocar a camisinha com ar dentro, o que aumenta a
chance de estourar e permanecer com o pênis na vagina após a ejaculação.
O diafragma é um objeto de borracha em forma de cúpula que é
colocado no interior da vagina de tal forma que cubra o cérvix uterino que faz
a comunicação vagina-útero. Antes de ser introduzido na vagina o diafragma pode
receber um creme espermicida para matar espermatozoides. O diafragma apresenta
índice de falha de 3% a 25% devido à colocação incorreta.
Geleias espermicidas
O uso de geleias espermicidas é um método químico de contracepção,
que visa matar os espermatozoides na vagina evitando a fecundação do óvulo. O
índice de falha deste método varia de 3 a 30%.
Lavagem vaginal
A lavagem vaginal consiste em lavar a vagina com água a
relação sexual, com intuito de retirar os espermatozoides da vagina antes de
atingirem o útero. É método de alto índice de falha, chegando a 80%, pois
rapidamente os espermatozóides atingem o útero, não sendo atualmente
recomendado seu uso.
Métodos hormonais
(contraceptivos orais, injetáveis e implantes subcutâneos)
Os métodos hormonais consistem na administração de doses de
hormônios sintéticos semelhantes ao estrógeno e a progesterona durante o ciclo
reprodutivo feminino. O estrógeno tem a capacidade de inibir a secreção do
hormônio FSH pela glândula hipófise anterior (adenohipófise) impedindo
maturação dos folículos ovarianos até o estágio maduro e a progesterona inibe a
secreção do hormônio LH pela hipófise anterior o que impede a liberação do
ovócito secundário do ovário (ovulação). Portanto, os métodos hormonais impedem
em ultima instância a ovulação. Os hormônios podem ser administrados por via
oral, por pílulas ingeridas diariamente, por injeções de ação de longa duração, introdução anéis vaginais, aplicação de adesivos cutâneos, por implantes subcutâneos e por dispositivos intrauterinos (DIU). O índice de falha dos métodos hormonais é
extremamente baixo, oscilando de 0 a 3%.
Pílula do dia
seguinte (contracepção de emergência)
A pílula do dia seguinte são medicamentos que possuem
hormônios sintéticos que agem no útero impedindo a implantação do embrião ou
provocando um aborto precoce do embrião. São tomados em caráter de emergência,
quanto se detecta a possibilidade de uma fecundação ter ocorrido. O índice de
falha deste método é de 0% a 15 %. A eficiência do método é maior quanto mais cedo for administrado.
Implante de
dispositivos intrauterinos (DIU)
Os dispositivos intrauterinos (DIU) são peças plásticas revestidas
por cobre e as vezes carregadas de hormônios. Introduzidas no interior do útero,
tem como objetivo intoxicar os espermatozóide e irritar a mucosa uterina,
impossibilitando a implantação de um embrião. O índice de falha e de 0,5% a 6% e
recomentado a mulheres sensíveis aos efeitos colaterais dos métodos hormonais.
Esterilização
A esterilização é realizada por métodos cirúrgicos. No homem
a cirurgia realizada é a vasectomia, que consiste na retirada de uma parte do ducto
deferente e sua ligadura impedido que os espermatozódes sejam incorporados ao sêmen. Os
espermatozóides continuam a ser produzidos, mas são constantemente destruídos.
Na
mulher a cirurgia chama-se ligação tubária e consiste em um corte e amarramento
das tubas uterinas o que impede que os espermatozóides encontrem com o óvulo e
ocorra fecundação.
Estes métodos são de difícil reversão e são sem falhas, quando bem realizados pelo cirurgião.
Resumo dos métodos contraceptivos
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